terça-feira, 15 de outubro de 2013

Afroamérica e o FAN

Um lugar no mundo: Afroamérica, é a vontade de falar de uma África mais perto de nós, ainda que tenhamos outras ainda mais próximas, como a África das Minas Gerais. A ideia é fazer algo mais mineiro, ainda que saibamos que nenhuma cultura ou expressão se restringe a um estado, cidade, país ou continente. Não é deixar de valorizar o que vem de fora, mas sim pensarmos de uma forma espiral, em que vamos ampliando nosso olhar a partir de nosso próprio centro. 

Bem perto, vemos a Argentina, onde comemora-se o Dia da Consciência Negra, mesmo que haja tão poucas pessoas de pele escura na celebração; o Uruguai e a Colômbia, países que tremem pela quantidade de tambores a retumbar em cada canto; o Peru, onde encontram-se misturas de índios e negros, ainda que exista crises de separação. 

Daí, levanta-se a seguinte questão: é preciso trazer pessoas de vários países para discutirmos e trabalharmos nossas influências artísticas? A partir dessa ideia, o FAN lança a proposta de encontrarmos em nós mesmos essa Afroamérica para, futuramente, ampliarmos ainda mais a ocupação do festival. 

Sabemos, ainda, que inúmeros artistas relevantes de hoje são filhos do FAN. E nossa intenção é para que mais e mais filhos sejam gerados aqui: no maior festival de arte negra fora da África. Aweto! 


(post escrito a partir de uma instigante conversa com Maurício Tizumba, diretor artístico do FAN-2013)

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