quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A troca e o Ojá

Expressão. Diversidade. Troca. Esse é o FAN 2013, e é por isso que o Ojá – em português: mercado, feira – é uma maneira interessante de perceber o festival. A partir da reunião de inúmeros produtos, que passam por artesanato, esculturas, biojoias, roupas etc., o público poderá entrar em contato direto com a cultura africana ou, ao menos, de matriz africana.

O nome Ojá pode significar tanto aquele torso, muito usado na cabeça pelas baianas ou pelos frequentadores dos terreiros, como exatamente o local da troca de mercadorias, da barganha, da negociação entre artistas e o público.

A ideia é que possamos comprar pinturas vindas diretamente da África, porém, com a oportunidade de conversar e negociar com um vendedor nigeriano, por exemplo, que carrega fortemente a cultura e as memórias de sua origem, ainda que tenha se firmado no Brasil. Outra oportunidade é conhecer a gastronomia senegalesa, em que o preparo dos pratos é realizado com todo cuidado, a fim de serem compartilhados com quem chega para trocar.

Assim, o Ojá é o espaço onde nossos sentidos serão estimulados ao máximo. Lá, a visão pode se encantar com as obras, o olfato com as especiarias, o tato com as texturas das mercadorias, a audição com as negociações e conversas, o paladar com o cardápio especial. Aqui é lugar de conhecer, trocar, compartilhar, chegar e voltar.


(post escrito a partir de um papo delicioso com Carlandréa, coordenadora do Ojá, do FAN 2013) 

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